Os cortes em direitos sociais, chamados de ajustes pelo governo, representam um dos piores avanços contra os trabalhadores e trabalhadoras quando ataca jovens no primeiro emprego e dependentes da seguridade social, são medidas covardes, a família trabalhadora ao longo dos anos já se programa para o período do abono salarial, cortado e vinculado a várias exigências, tornando mais difícil o acesso.
A mudança no auxílio doença expõe trabalhadores e trabalhadoras quando aumenta o prazo para que o beneficiário receba o auxílio diretamente da seguridade social, mantendo-o vinculado ao patrão por mais tempo, oque na prática representa um risco, já que os sindicatos oficiais não estão nos locais de trabalho, e nós somos na maioria das vezes impedidos de promover ações, quando não pela legislação, então pela repressão do estado e das patronais, não confiamos em patrões, e manter trabalhadores e trabalhadoras doentes, por mais tempo dependendo dos salários pagos pelo setor privado nos causam revolta por todo o risco que isso representa.
A única forma de combater estes ataques é através da ação direta desde os locais de trabalho, barrar estes ataques nós mesmos, através do apoio mútuo e solidariedade entre nossa gente, denunciando o sindicalismo farsante e o governo esquerdista defensor do capital.
Sempre alertamos que todos os partidos são exatamente iguais, jamais um meio de transformação social, mas sob o argumento de barrar a direita, vimos amplos setores iludidos, declarando voto na esquerda, quando a luta por bem estar e liberdade passa longe da política, é uma questão econômica, de estarmos organizados e com a capacidade de parar a produção, somente a autogestão de nossos sindicatos pode nos emancipar, os cortes em direitos comprovam tudo aquilo que anarcossindicalistas sempre denunciaram, o quanto as centrais oficiais são vendidas, o quanto estes sindicalistas são aliados dos patrões e que a única saída esta em nossa própria organização e luta, sem intermediários.
Estes cortes são o pagamento que o governo exige de nós, exigem que paguemos copa do mundo e as aventuras da ampla concessão de crédito, hoje, estamos todos e todas endividados, e pagaremos com direitos sociais, e laborais, na iminência de mais tentativas de flexibilização para beneficiar os ricos e poderosos investidores, o capitalismo exige, e o estado cumpre, assim funciona este sistema medíocre.
Não cabe outro caminho que não seja da luta nas ruas e locais de trabalho, temos de ir pra cima dos pelegos do sindicalismo oficial, partidos e governo, exigir o fim dos cortes e a manutenção de direitos, sem nenhum avanço contra nossa gente.
Sem pátrias, sem partidos e sem patrões, o Sindivários Araxá COB/AIT se coloca frontalmente na luta contra o corte em direitos sociais, é hora de lutar!
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