terça-feira, 10 de julho de 2018

A EDUCAÇÃO MINEIRA PEDE SOCORRO.

    

A educação brasileira desde o início da conquista e exploração colonial sempre atendeu aos interesses econômicos de uma pequena parcela da população rica em detrimento de grande parte da população brasileira pobre. Projetos mirabolantes foram feitos sem atender a nenhuma expectativa de educação inclusiva, de qualidade e igual.
Em Minas Gerais não é diferente desse quadro. Desde os governos tucanos de Aécio Neves e Anastácia os profissionais de educação vêm sofrendo com o descaso, desmonte de direitos conquistados, a desvalorização profissional e a repressão aos movimentos grevistas e de reivindicação. Com a ideia do Estado mínimo e de que o estado mineiro estava mal em suas finanças à dupla tucana atacou direitos adquiridos e de maneira inconstitucional “efetivou” diversos servidores públicos em poucas canetadas com base em um parlamento subserviente. Consequência disso foram milhares de trabalhadores jogados à própria sorte sem estabilidade profissional, muitos doentes e endividados.
O atual governador mineiro Fernando Pimentel do PT foi eleito com um discurso de que mudaria esse quadro. Prometeu que elevaria o salário dos professores através de várias ações governamentais em chegar ao piso nacional da educação. Porém, o que observamos foi uma má administração em um governo preocupado em atender as exigências exclusivistas, como por exemplo, em pagar integralmente os funcionário da segurança pública, e, como todos nós sabemos, em não sofrer um processo de impeachment devido aos diversos casos de corrupção que os governos petistas são acusados e muitos comprovadamente culpados.
Dessa forma, os funcionários públicos de Minas Gerais desde o início do ano de 2016 vêm recebendo seus salários de maneira escalonada, antes recebíamos no quinto dia útil do mês, e o salário parcelado. Contudo, com o discurso vitimista e mentiroso de que o estado mineiro está que
quebrado, desde junho de 2018 o governador petista não esta nem mesmo cumprindo a escala de pagamento para grande parte dos funcionários públicos mineiros, exceto aos funcionários da segurança pública que continuam receber integralmente. Grande parte dos funcionários da educação desde o início do ano de 2018 entraram em greve com uma lista extensa de reivindicação que vai desde o cumprimento de sua promessa de pagar o piso salarial a todos os funcionários da educação até o porquê do não repasse ao ipsemg (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais). Vários médicos, clínicas e Santa Casa já não mais atendem ao ipsemg porque o governo Pimentel não repassa a verba para estes profissionais. Muitas doentes em tratamento tiveram consultas desmarcas tendo que arcar com o custo de consultas médicas.
De todo esse ultraje que há anos estamos sofrendo, o que podemos observar é um movimento de profissionais da educação desunidos que lutam por causas particulares e um sindicato atrelado à política partidária do governo. Muitos profissionais da educação, já exaustos pela rotina de trabalho em suas escolas, começam a perder as esperanças e desanimar frente à violência desse estado brasileiro burguês, corrupto e extremamente desigual. A educação brasileira pede socorro. E nesse momento vemos uma classe e uma sociedade de braços cruzados frente uma situação calamitosa e alarmante. 

(Horácio – professor de História e Geografia da rede pública mineira)

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