terça-feira, 17 de dezembro de 2013

TERCEIRIZAÇÃO É PRECARIZAÇÃO.

Dentro da lógica capitalista,o trabalhador e a trabalhadora são sempre um custo de produção,e dentro desta mesma lógica desumana pouco importa aos patrões a condição de vida e a segurança do trabalhador e da trabalhadora e suas famílias,em suma a grande maioria não tem segurança se terá meios de sobreviver daqui alguns meses.
Um dos grandes fatores para a insegurança quanto aos contratos de trabalho são as terceirizações,mecanismo utilizado teoricamente para suprir uma determinada demanda,mas que na imensa maioria dos casos se tornou um meio de burlar as leis trabalhistas.Recentemente uma siderúrgica de Minas Gerais foi condenada pela justiça trabalhista pois entende-se que,os terceirizados não tem os mesmos direitos dos trabalhadores efetivos,mesmo cumprindo as mesmas funções e suas tarefas não sendo temporárias como sugerem os defensores das terceirizações.
As patronais dessa forma,além de precarizar o trabalho,criam castas superiores e divisões entre companheiros efetivos e terceirizados,prejudicando dessa forma também a luta intra muros em locais de trabalho e corroendo a solidariedade que é uma das mais potentes armas dos trabalhadores e trabalhadoras.
Além dos setores de metalurgia e mineração,outro setor que sofre com a precarização é o de hotéis,bares e restaurantes;setor este em que visando a copa do mundo e a alta demanda temporal, o governo atendendo o lobby de alguns setores já planeja uma flexibilização dos contratos de trabalho neste setor para que as patronais lucrem mais com estes eventos e o trabalhador e trabalhadora tenham ainda mais insegurança.
Do fundo de sua imperfeição,as leis trabalhistas são um dos únicos meios de proteção do trabalhador refém do sindicalismo pelego/oficial,corroer estas leis é inaceitável e não daremos nenhum passo atrás na defesa de direitos históricos dos trabalhadores,exemplo disso o núcleo de bares e restaurantes que venceu conflito recente quanto a denuncias de falta de registro em carteira e jornadas que extrapolam o limite máximo previsto.
Não aceitamos flexibilizações,não aceitamos negociar direitos,não aceitamos aumentar o lucro dos empresários as custas de nossas famílias e da insegurança no futuro,chamamos todos os setores envolvidos nas recentes tentativas de flexibilização para a resistência,como já havíamos denunciado o desvio e acumulo de funções em hotéis a mais de 3 anos.
As terceirizações são uma realidade quotidiana principalmente em empreiteiras,que a cada fase demitem e depois contratam outros trabalhadores,que estando na mesma planta de efetivos não dispõe dos mesmos convênios e muito menos os mesmos salários.
Tudo isso é resultado da ação desorganizadora dos sindicatos pelegos/oficiais,estes que recebem milhões do estado e jamais comparecem aos locais de trabalho,cumprem fielmente o papel de desorganizadores e desmobilizadores,enquanto o peão na maioria dos casos não conhece nem mesmo seus próprios direitos e o sindicato que paga através de própria folha,o sindicato são os trabalhadores unidos em sua defesa,e não uma estrutura burocrática criada para causar caos e desconfiança entre os trabalhadores e trabalhadoras.
É hora de nos manter atentos e firmes,na luta contra a flexibilização prevista para alguns setores e as terceirizações que são uma constante que nada tem haver com necessidade de determinados períodos,mas a tentativas de economizar e assim aumentar os lucros patronais as custas do despossuído.
Nossos direitos não se negociam,nossos direitos são conquistas históricas e que servem de minima referência ao trabalhador e a sua família para que possam sobreviver,rejeitamos os argumentos da competitividade expostos aos sindicatos,uma vez que os mesmos que argumentam competitividade anunciam lucros exorbitantes todos os anos.

     COB/AIT NÃO SE VENDE E NEM SE RENDE  


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